Pamela Quirino | Advogada Previdenciária em Santos/SP

PGBL × VGBL – entenda de uma vez por todas qual faz sentido para você 

Você já percebeu que só contar com o INSS dificilmente garante o mesmo padrão de vida na aposentadoria. É aí que entra a previdência complementar – e logo surge a dúvida: PGBL ou VGBL? Por fora os dois planos parecem iguais (mesmos fundos, taxa, gestor), mas o impacto fiscal muda tudo. Vamos destrinchar:


1. O que significam as siglas?

SiglaNomeTributação principal
PGBLPlano Gerador de Benefício LivreVocê deduz até 12 % da renda bruta anual do IR hoje, mas paga IR sobre todo o saldo no resgate.
VGBLVida Gerador de Benefício LivreNão deduz nada hoje. Paga IR apenas sobre a rentabilidade na hora do resgate.

2. Quem costuma levar vantagem em cada um?

PGBLVGBL
• Contribuintes com declaração completa do IR.
• Quem já contribui ao INSS ou RPPS (condição para deduzir).
• Salário mais alto que torna o desconto imediato atraente.
• Quem faz declaração simplificada ou é isento.
• Profissionais liberais com renda variável ou MEI sem desconto na fonte.
• Quem quer proteger herdeiros (transmissão rápida, sem inventário).

3. Como a conta fecha na prática?

  • PGBL é como “pagar menos IR agora, mas acertar a conta depois”. Ideal se você pretende investir o IR economizado e, principalmente, cair para uma alíquota menor na aposentadoria.
  • VGBL age como um “Poupança Turbo”: não gera abatimento hoje, porém diminui muito o IR final (incide só sobre o lucro). Faz sentido se sua alíquota atual já é baixa ou se você quer criar reserva sem mexer na sua declaração.

4. Tabela progressiva ou regressiva?

  • Progressiva: segue a tabela do IRPF até 27,5 %. Boa se você pretende resgatar em poucas parcelas e ficar nas faixas menores.
  • Regressiva: começa em 35 % e cai 5 p.p. a cada 2 anos até 10 % após 10 anos. Perfeita para quem pensa no longo prazo e faz buy & hold.

📌 Dica ninja: você pode ter ambos! Use PGBL para deduzir até 12 % da renda anual e VGBL para investir valores extras sem bagunçar sua declaração.


5. Custos que realmente importam

  1. Taxa de carregamento (entrada/saída) – busque 0 % ou bem baixa.
  2. Taxa de administração – 0,5 % a 1,5 % ao ano é o padrão competitivo; acima disso, questione.
  3. Taxa de performance – só faz sentido em fundos multimercado ou ações com benchmark estabelecido.

6. Checklist rápido para escolher

✅ Declare IR no modelo completo? → PGBL (até 12 %).
✅ Usa modelo simplificado? → VGBL.
✅ Horizonte longo (>10 anos)? → Tabela regressiva nos dois.
✅ Quer facilitar sucessão? Ambos evitam inventário, mas VGBL não entra na partilha até o limite estadual do seguro de vida.
✅ Já tem FGTS, Tesouro, imóveis? Use previdência como diversificação – não como única estratégia.


Conclusão

PGBL e VGBL não são rivais; são ferramentas diferentes. O segredo está no seu perfil tributário e objetivo de longo prazo. Compare taxas, entenda o regime de IR e, se possível, consulte um advogado ou planejador financeiro para ajustar tudo ao seu plano de aposentadoria.

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